14/09/2023

São 14 artistas, 14 paredes, um antigo Quartel abandonado e seis dias para celebrar uma arte que, sendo urbana, é de todos. Está aí a Baluarte, a mais recente Exposição de Arte Urbana da cidade do Porto.

 

O Quartel de Monte Pedral, na Rua da Constituição, tem por estes dias um movimento pouco habitual. Aquele portão verde, sempre fechado, abre-se agora para artistas e equipas de manutenção. Tem sido assim nas últimas semanas, nos trabalhos que antecipam a inauguração da Baluarte – Exposição de Arte Urbana.

 

 

A dois dias da abertura, os trabalhos correm a diferentes ritmos. Se uns estão já finalizados, outros há que estão ainda em processo de construção e outros tantos que recebem os últimos retoques.

 

A jovem artista Mura espera que o sol acalme para que consiga ver e finalizar a parede. Ao fundo, encontramos os artistas Hazul, Rafi, Arisca e Costah de latas na mão: estão a pintar, em conjunto, a parede do espaço onde decorrerá parte da programação paralela da Baluarte. Ainda mais ao fundo, Godmess “salpica” com as “suas” cores um conjunto de pequenos círculos, deixando a sua marca por todo o recinto.

 

A Baluarte decorre durante três fins de semana, de 16 de setembro a 1 de outubro, no Quartel de Monte Pedral, entre as 10h00 e as 19h00. A entrada é livre e haverá oficinas, conversas e sessões de DJ Set, num programa paralelo que complementa a exposição.

 

 

O tempo corre com calma no Quartel de Monte Pedral. Ali dentro, vive-se um ambiente descontraído. O espaço foi ocupado pelos 14 artistas e para quem acabou de chegar percebe que já o transformaram em casa. Conhecem todos os cantos, recantos e paredes daqueles edifícios e não desperdiçam nenhuma oportunidade para pintar um espaço que esteja em branco.  É assim a arte urbana: inusitada, livre e sempre à procura de espaço.

 

Texto: Catarina Madruga

Fotografias: Rui Meireles

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