O “Jazz no Reservatório”, um dos momentos altos da programação musical do Museu do Porto, regressa ao Parque da Pasteleira nos dias 24 e 25 de maio. O festival, que chega à terceira edição, propõe um fim de semana de concertos gratuitos, com nomes consagrados do jazz nacional e internacional e vistas privilegiadas sobre a Foz do Douro.
Com direção artística de Hugo Carvalhais, o festival volta a tirar partido da arquitetura do antigo reservatório de água, transformando a cobertura deste espaço singular da cidade num palco vibrante e intimista. O cartaz desta edição destaca-se novamente pelo ecletismo, reunindo coletivos consagrados e jovens talentos da música improvisada.
O programa arranca no sábado, 24 de maio, às 16h30, com LIFTOFF, projeto liderado por Jeffery Davis (vibrafone) e Óscar Marcelino da Graça (piano), acompanhados por Nelson Cascais (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria), num concerto que marca o lançamento do segundo álbum do conjunto oriundo de Aveiro, que a espaços contará com a participação do saxofonista Tomás Marques como convidado.
Quando forem 17h30, o reputado pianista e compositor de jazz dinamarquês, Carsten Dahl, estreia-se em Portugal, acompanhado pelo contrabaixista sueco Daniel Franck e o baterista dinamarquês Martin Andersen.
Reconhecido como um dos mais importantes pianistas de jazz da Escandinávia, Dahl desenvolveu um estilo único que é influenciado tanto pela música clássica como pelo jazz moderno e distingue-se pelo seu extraordinário virtuosismo e pelas suas interpretações de grande profundidade poética e emocional.
No domingo, 25 de maio, às 16h30, sobe ao palco “Vereda”, projeto do guitarrista madeirense André Santos que, ao leme de um inusitado quarteto, com Francisco Andrade, José Soares e Diogo Alexandre, cruza o jazz com influências da música tradicional portuguesa, num exercício de fusão melódica e exploratória.
A encerrar esta terceira edição do festival, o palco do Reservatório acolhe, às 17h30, Lokomotiv, um coletivo que se tem destacado na história da música portuguesa pela enorme flexibilidade estética e pelo interesse em praticar um jazz totalmente ligado à sua contemporaneidade.
À formação original, composta por Carlos Barretto (contrabaixo), Mário Delgado (guitarra) e José Salgueiro (bateria), juntou-se, recentemente, Ricardo Toscano (saxofone), enriquecendo um edifício sonoro com 25 anos sempre voltado para o futuro.
Todos os concertos são de entrada livre, sujeita à lotação do espaço.
Fotos: Rui Oliveira