31/05/2023

O Serralves em Festa volta a convocar a cidade (e não só) para um fim de semana de 50 horas de programação artística sem parar nos diferentes espaços da Fundação de Serralves, de 2 a 4 de junho. São centenas de atividades de artistas nacionais e internacionais, com momentos de música, dança, performance, circo contemporâneo, teatro, cinema, fotografia e muito mais. É o maior evento da cultura contemporânea em Portugal e um dos maiores da Europa. Começa no dia anterior, a 1 de junho, com várias propostas a serem apresentadas no centro da cidade, no chamado "Serralves na Baixa". Para nos ajudar a alinhar as ideias e levarmos um plano bem traçado, pedimos à organização um guia com os dez momentos para festejar este regresso. Estas são as escolhas - num evento com entrada livre. 

 

 

Groupe Acrobatique de Tanger & Maroussia Diaz Verbèke

Circo Contemporâneo

1 de junho

10h30 / Largo do Amor de Perdição

17h30 / Praça Gomes Teixeira

3 de junho

22h00 / Parterre Lateral

4 de junho

21h00 / Parterre Lateral

 

Um grupo de quinze jovens artistas marroquinos vindos de diferentes universos acrobáticos, rodeados pelo universo visual do fotógrafo Hassan Hajjaj e acompanhados por DJ DINO, juntam-se para apresentarem uma proposta acrobática dirigido e “circografado” por Maroussia Diaz Verbèke. Um espetáculo feito de alquimias contemporâneas e rodopiantes, entre o DJ set e o rap ardente, entre cores cintilantes e perguntas a preto e branco.

 

 

“Aproach 18 / Stairs / Olivier / Touch. The Unreachable Suspension Point”

Yoan Bourgeois

Circo Contemporâneo

1 de junho

12h00, 16h00 e 19h30 – Jardim do Morro

17h00 – Praça Gomes Teixeira

3 de junho

13h50 & 18h00 – Parterre Central

4 de junho

15h30 & 17h00 – Parterre Central

 

Inspirada pelo tema “Touch”, de Daft Punk, esta é uma pequena dança espetacular interpretada por Olivier Mathieu ao som da voz fantasmagórica de Paul Williams. Brincando na fronteira entre o vivo e o artificial, Yoann Bourgeois procurou uma corporalidade desarticulada que deu origem a uma criatura híbrida, que flutua entre duas realidades, num questionamento sobre a nossa raça transhumanista.

 

 

“Une Partie de Soi”, João Paulo Santos / Cia. O Último Momento

Circo Contemporâneo

1 de junho / 18h30

Praça de Carlos Alberto

2 de junho / 20h00

Parterre Central

 

Une Partie de Soi” é uma travessia vertical que relata a viagem de uma vida, mostrando o artista para além do acrobata. Num círculo e em proximidade, ao mastro chinês e ao círculo, João Paulo Santos oferece-nos uma coreografia densa e poderosa, feita de ritornelos e de tempo alongado. Neste estado criativo vibrante que caracteriza o seu trabalho, João Paulo Santos pretende contar a história de uma vida dedicada a uma arte que moldou a carne e o lugar no mundo de quem a praticou.

 

 

gamut Inc, “Aggregate #11”

Música

1 de junho / 21h30

Igreja da Lapa

 

Este é grupo interdisciplinar fundado em Berlim, em 2013, por Marion Wörle e Maciej Sledziecki, dedicado à criação e organização de obras e eventos em torno da música eletroacústica e teatro musical inovador, com um foco especial em órgãos de tubos automatizados. Neste Serralves em Festa, apresentam uma obra criada durante uma residência artística no Instituto Goethe, em Quioto, em 2022, na qual aplicam processos de música eletrónica ao órgão.

 

 

“Barricada”

Marcelo Evelin

Dança

2 de junho / 21h00

3 e 4 de junho / 13h00

Casa de Serralves

 

Criado e desenvolvido pelo coreógrafo brasileiro Marcelo Evelin e a Plataforma Demolition Incorporada, o projeto “Barricada” apresenta-se em Serralves com um coletivo de performers em resultado da parceria com a Companhia Instável.

“Barricada” é uma prática coletiva que propõe pensar a proximidade como estratégia de defesa e o estar juntos como uma posição política.

 

 

“The Goldberg Variations”

Platform-K / Michiel Vandevelde & Phulippe Thuriot

Dança

2 de junho / 22h00

3 de junho / 21h00

Auditório de Serralves

 

O título evoca não só a obra-prima de Bach, mas também o solo do coreógrafo Steve Paxton, um momento icónico na história da dança ocidental. Trabalhando a partir destas referências, Michiel Vandevelde acompanhado de Audrey Merilus e Oskar Stalpaert (Plataforma-K) mergulham em quarenta anos de história da dança. Uma reflexão sobre o estado da dança atual, mas também sobre o estado da democracia, o passado e o futuro, e sobre diferentes formas de fisicalidade. No acordeão, Philippe Thuriot junta-se à polifonia dos corpos e às suas múltiplas variações.

 

 

Rian Treanor & Ocen James

Música

2 de junho, 23h00

Ténis (Serralves)

 

Em 2018, o produtor britânico Rian Treanor esteve em residência no estúdio da Nyege Nyege Tapes, em Kampala, no Uganda, da qual resultaria não só o seu aclamado "File Under UK Metaplasm”, mas também o início da colaboração com o violinista Acholi, Ocen James. Um trabalho de improvisação intenso, que leva as idiossincrasias de ambos os músicos a lugares completamente novos.

 

 

MC Yallah & Debmaster

Música

3 de junho, 01h00

Prado

 

Nascida no Quénia e criada no Uganda, MC Yallah está envolvida na cena rap da África Oriental há mais de duas décadas. Alternando rimas em Luganda, Luo, Kiswahili e Inglês, o seu estilo consciente, poético e experimental é inconfundível. "Yallah Beibe" é o seguimento ardente desta colaboração entre Yallah e Debmaster, à qual se juntaram as batidas do produtor japonês Scotch Rolex e do congolês Chrisman.

 

 

Sarathy Korwar

Música

3 de junho, 20h00

Prado

 

Nascido nos Estados Unidos da América, Sarathy Korwar cresceu nas cidades de Ahmedabad e Chennai na Índia, onde começou a tocar tabla aos 10 anos. Atraído pela música americana que ouvia na rádio e na sua loja de música jazz local, Ahmad Jamal e John Coltrane foram as suas primeiras descobertas.

Já na sua carreira a solo faz uma fusão de música folclórica tradicional gravada com a comunidade Sidi na Índia com jazz contemporâneo e eletrónica, incorporando rappers de Mumbai e Nova Deli e spoken word na sua virtuosa performance em torno da música indiana clássica e jazz.

 

 

808 State & Michael England

Música

4 de junho, 01h30

Prado

 

Nascidos em Manchester, em finais dos anos 80, época desde a qual têm vindo a lançar um fluxo constante de música para as pistas de dança e cena rave, os 808 State são hoje considerados pioneiros do acid house. Nesta atuação fazem-se acompanhar pelo artista visual Michael England, conhecido pelo seu trabalho com editoras históricas de música eletrónica, como a Skam e a Warp Records, e colaborações ao vivo com artistas como como Autechre, Bola, Gescom, Graham Massey, Leila ou Demdike Stare.

 

Edição: José Reis

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