O arranque da Queima das Fitas está marcado, como manda a tradição, para o próximo domingo, 1 de maio, com a Monumental Serenata no Largo Amor de Perdição, na zona da Cordoaria. A emblemática festa dos estudantes está de regresso ao Queimódromo, mas também às ruas, de 1 a 7 de maio.
A poucos dias do arranque da 100.ª edição da Queima das Fitas do Porto, o Queimódromo abriu as portas para dar a conhecer o renovado recinto que vai acolher as noites mais aguardadas pelos estudantes da cidade.
A presidente da Federação Académica do Porto (FAP) apresentou todas as novidades desta edição, numa altura em que a azáfama das montagens é evidente a todos os que chegam ao Queimódromo. Ana Gabriela Cabilhas garante que este “é o evento mais querido da Academia do Porto” e que simboliza “um marco anual da vida académica dos estudantes e da cidade invicta”.
O regresso é ambicioso e a FAP “assume como sua a missão de organizar a Queima das Fitas mais sustentável, responsável, segura e memorável de sempre”, refere.
As obras que decorrem no Parque da Cidade foram aproveitadas para organizar o recinto de forma “inovadora e harmoniosa”, com o objetivo de melhorar a experiência de quem visita o evento.
Uma das novidades é a orientação do palco principal – o Palco Academia – que, este ano, está voltado para o mar. O objetivo é minimizar o impacto de ruído para os habitantes da zona envolvente. A edição deste ano conta também com um centro integrado de operações, para uma resposta coordenada entre as várias entidades envolvidas, dais quais se destacam a Câmara Municipal do Porto, a Câmara Municipal de Matosinhos, PSP, Polícia Municipal, Cruz Vermelha, Proteção Civil, entre outras.
Na área da sustentabilidade, há um conjunto de iniciativas a destacar, como a desmaterialização da bilhética (os bilhetes deixam de ser em papel e passam a ser emitidos em formato digital) e a criação, pela primeira vez, de uma equipa de estudantes voluntários destinada à sustentabilidade ambiental. Mas as novidades não ficam por aqui.
Em 2022, a aposta mantém-se na utilização de limitadores de som nas barraquinhas e nos palcos do recinto, com o objetivo de respeitar as habitações próximas, e na redução do uso de plástico, “desde logo com a utilização do copo de shot que passa a ser de cartão”, acrescenta a Presidente da FAP, fazendo ainda referência ao copo reutilizável, ao aproveitamento da água das chuvas para utilização no Queimódromo, e ao reforço das casas de banho modulares, ao invés das químicas.
“Este é um trabalho que o município tem vindo a acompanhar e a incentivar e a FAP tem sabido aprofundá-lo, nomeadamente no campo ambiental”, garante a vereadora do Pelouro da Saúde e Qualidade de Vida, Juventude e Desporto da Câmara Municipal do Porto. Catarina Araújo acrescenta que “a autarquia e um conjunto de outras entidades, nomeadamente da esfera municipal, há muito estão a trabalhar de forma organizada para que esta seja, efetivamente, uma semana de festa para os estudantes, para a academia, para as famílias e para cidade”.
A Queima das Fitas apresenta, em 2022, um reforço ao nível da segurança e da prevenção de comportamentos de risco. O objetivo é a “promoção de uma Queima segura e inclusiva”, reforça Ana Gabriela Cabilhas.
A segurança ganha, assim, um grande destaque na edição deste ano, com a aplicação de um conjunto de medidas que visa a prevenção de comportamentos de risco. Catarina Araújo destaca o regulamento aprovado por toda a Academia, que “proíbe as denominações ofensivas ou com caráter xenófobo e racista” inscritas nas tradicionais barraquinhas.
Os estudantes esperaram dois anos por este momento. Debaixo do sol que abril trouxe, as barraquinhas ganham forma e cobrem o asfalto do recinto que irá receber milhares de pessoas, para aquelas que são as noites mais aguardadas pelos estudantes da Academia do Porto.
Texto: Catarina Madruga
Fotos: Guilherme Oliveira