Os programas InResidence e OutResidence apoiam, em 2025, um total de dez projetos artísticos, em contexto local e internacional, após um período de candidaturas para submissão de propostas.
Na 9.ª edição, o programa municipal InResidence apoia oito novos projetos através da atribuição de bolsas destinadas à realização de residências artísticas em espaços culturais da cidade do Porto, cujo período de receção de propostas decorreu durante o primeiro trimestre do ano.
Os espaços apoiados — A Leste, A Turma, CRL – Central Elétrica, INSTITUTO, mala voadora, Rua do Sol, Sonoscopia e Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa — irão receber projetos que abrangem áreas como performance, teatro, literatura, artes visuais, som e investigação artística, e cujas residências terão uma duração mínima de dois meses.
Entre os artistas selecionados encontram-se a escritora e artista austríaca Veronique Homann (Rua do Sol), o dramaturgo uruguaio Santiago Sanguinetti (A Turma), a arquiteta e investigadora sul-africana Simphiwe Mlambo (INSTITUTO), o performer e artista brasileiro Romulo Barros (A Leste), a artista sonora chilena Inti Gallardo (Sonoscopia), a coreógrafa chilena Varinia Canto Vila (CRL – Central Elétrica), a dramaturga chinesa Ophelia Huang em colaboração com Jorge Andrade (mala voadora), e a artista visual brasileira Yuli Yamagata (Escola das Artes – UCP).
As bolsas são atribuídas diretamente aos espaços de acolhimento, inscritos na plataforma municipal InResidence, e tem como objetivo fomentar o intercâmbio artístico e estimular a criação contemporânea em diálogo com o contexto urbano da cidade.

Primeira edição do OutResidence atribui duas bolsas internacionais
Complementando o apoio local, foi também concluído o processo de avaliação da primeira edição do programa OutResidence, uma nova iniciativa que visa apoiar residências artísticas internacionais e fomentar o contacto de artistas visuais do Porto com outros contextos geográficos e institucionais.
As candidaturas decorreram entre 19 de maio e 6 de junho e foram analisadas por um júri composto por dois representantes da Direção de Arte Contemporânea da Ágora e um representante de cada uma das instituições parceiras. Nesta edição inaugural foram atribuídas duas bolsas a Letícia Costelha e Vera Mota.
Licenciada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Letícia Costelha é artista plástica e educadora. Responsável pelo serviço educativo e programa público do Sismógrafo, colabora também em projetos de educação artística com associações culturais.
O projeto com que se candidatou a uma residência artística de cinco semanas em Barcelona, desenvolvida em parceria com o BAR Project, culminando com uma exposição no espaço HAUS, na mesma cidade, tem como ponto de partida a investigação artística que tem vindo a desenvolver desde 2022 em torno de brincadeiras de infância, do impulso para brincar e de formas de recuperação da ideia de “playfulness” na vida adulta.
Já a residência de Vera Mota terá lugar no espaço Worlding, em Londres, durante oito semanas.
Licenciada em Artes Plásticas – Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas pela mesma instituição, Vera Mota apresenta regularmente o seu trabalho desde 2005. O seu trabalho desenvolve-se em torno das políticas do corpo, recorrendo sobretudo à escultura, desenho e performance e usufruindo da amplitude e permeabilidade que estas disciplinas oferecem.
Com o projeto “MATERIAL ACTS”, propõe a criação de um conjunto de trabalho ancorado numa forte relação entre a participação ativa e consciente do corpo e a agência da matéria, ativando uma prática simultaneamente física e reflexiva, em que o corpo — entendido como mecanismo primordial — opera com os materiais.
Mais informações sobre os dois programas estão disponíveis em www.plaka.porto.pt.