De uma vida virada sempre para o mar, era impossível fugir à chamada da água para fazer dela, o meio de afirmação.
Tinha quatro anos quando decidiu entrar, pela primeira vez, dentro de um barco, que apenas tinha visto, até então, a passar no rio, por baixo das pontes. Aos quatro anos é possível ter certezas? Há realmente coisas que não se explicam e ela, a partir do momento em que entrou na água, sentiu que era ali que o seu futuro se ia desenhar.
Não o viu desenhado no rasto do barco, mas na forma como, a partir de então, investiu na formação, na aprendizagem, no treino e nas competições. Hoje, é bicampeã nacional na classe ILCA 6, uma das disciplinas da vela.
Com tanta experiência, encara a entrada no mar como se fosse a primeira vez. Porque para saber domá-lo há que, antes, saber respeitá-lo. Ouvi-lo. Dar margem para que ele evolua na sua vontade. Só depois de encontrar este equilíbrio se consegue uma cumplicidade que só alguns conseguem construir.
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