Dos 29 artistas e companhias que serão apresentados nesta edição do DDD, são 7 os que regressam aos palcos do festival.
A abertura do DDD 2024 acontece na terça-feira, dia 23 de abril, no Rivoli, às 21h30, com a estreia nacional de “REMACHINE”, de Jefta van Dinther.
Uma peça que explora a interação entre os humanos e um ambiente hipermecanizado incontornável, numa nova colaboração com a compositora Anna von Hausswolff, e assinala o regresso do coreógrafo sueco ao DDD depois de, em 2015, ter apresentado “PLATEAU EFFECT”. O espetáculo conta com audiodescrição, em português e em inglês.
O coreógrafo sueco vem em dose dupla, apresentando, ainda, em estreia nacional, “Dark Field Analysis”, no Auditório de Serralves, no sábado, 27 de abril. Uma peça que invoca a intensidade de estar vivo, relacionando os humanos com outras formas de vida.
Regressando a 23 de abril, às 19h30, Alice Ripoll apresenta “Zona Franca” no Palácio do Bolhão.
Um trabalho contínuo de pesquisa sobre a relação das danças urbanas e populares do Brasil com uma encenação contemporânea, sobre as vozes falam e o que podem expressar através dessas danças. A coreógrafa regressa ao DDD depois de, em 2019, ter apresentado “Cria” – uma explosão de energia em palco, apresentado em estreia nacional, e “aCORdo” – que colocava o público num lugar entre culpa e compaixão.
Artista convidada em 2024, no âmbito do do projeto3D, Wura Moraes estreia “HENDA I XALA – Saudade que fica” na sexta-feira, dia 26, no Teatro Campo Alegre.
Nesta peça, a dança apresenta-se como uma plataforma de expressão primordial, um campo comum na ligação da coreógrafa com o pai, Mário Calixto (1960-1996), intérprete e coreógrafo, onde o passado, o presente e as possibilidades de futuros se sobrepõem.
No Auditório Municipal de Gaia, Luísa Saraiva revela “Bocarra”, uma peça sobre a mecânica do corpo em movimento como instrumento sonoro, partindo do repertório de canto polifónico feminino da Península Ibérica sobre sentimentos de amargura e violência.
Também de regresso ao Porto, Jan Martens com “VOICE NOISE” dia 29, no Rivoli. A partir do ensaio de Anne Carson, “The Gender of Sound” (1992), no qual é exposta a forma como a cultura patriarcal procurou silenciar as mulheres, o coreógrafo trabalha com seis intérpretes – vozes femininas inovadoras, desconhecidas e/ou esquecidas dos últimos cem anos da história da música ganham um palco.
No Teatro Campo Alegre, Catarina Miranda mostra “ΛƬSUMOЯI”, dia 30. A partir da peça de teatro japonesa noh “Atsumori”, escrita por Zeami Motokiyo no século XV, apresenta um espetáculo ancorado no movimento, na luz e no som, onde se cruzam espectros e memórias, passado e presente, técnicas ancestrais e linguagens futuristas.
A 4 de maio, Inês Campos apresenta “fio ^” no Auditório de Serralves. Uma viagem íntima que se debruça sobre as narrativas e os diálogos internos e se interroga sobre como é moldada a forma de ler a vida.
Mais informações e toda a programação em festivalddd.com.