03/12/2021

A curta-metragem de Luís Costa e um dos projetos vencedores da Bolsa Pascaud da Filmaporto — film commission, terminou a rodagem e encontra-se em fase de pós-produção.


A curta-metragem recebeu uma das cinco bolsas, no valor de 20.000€, atribuídas, este ano, pela Filmaporto com o objetivo de incentivar a produção de cinema na cidade.


Para o realizador, este apoio permitiu que o filme se mantivesse fiel à ideia original: “Se não fosse esse financiamento, provavelmente, o filme teria de ser outra coisa. Nós dizemos, muitas vezes, que não fazemos o filme que queremos, fazemos o filme que podemos, mas sinto que tenho a sorte de este projeto ser exatamente o que eu quero”, explica Luís Costa.


A curta-metragem, rodada no Porto, contou com uma equipa composta maioritariamente por profissionais da cidade, entre eles Miguel da Santa, Tiago Carvalho (direção de fotografia) e André Guiomar (assistente de realização) – com quem Luís Costa fundou, em 2019, a produtora portuense Olhar de Ulisses –, Margarida Assis (direção de atores e anotação), Mafalda Rebelo (direção de produção), Júlio Alves, Ricardo Preto (direção de arte), Sérgio Silva (direção de som) e Susana Abreu (guarda-roupa).



Grito” é inspirado no romance homónimo de Rui Nunes e retrata o trauma comum de duas irmãs.


Durante uma noite de insónias, Emília é transportada para um evento traumatizante do passado vivido pela irmã, Francelina. Nesses flashbacks, revisita a casa de infância, os pais e o cais onde passava o tempo. Essas memórias acabam por levá-la a visitar Francelina, internada num hospício.


Ainda sem data de estreia, “Grito” deverá estar finalizado no verão de 2022 e integrar, posteriormente, o circuito dos festivais de cinema.


Sobre os próximos trabalhos, Luís Costa revela que pretende filmar um documentário sobre António Pedro, “uma figura incontornável do Porto”, e uma longa-metragem baseada num romance português. 

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