17/02/2025

Em 2024, o programa desenhado pela nova Direção Artística, dirigida por João Laia, levou à Galeria Municipal do Porto (GMP) cerca de 70.000 pessoas. Com diferentes idades, áreas e interesses, o público é cada vez mais diversificado.

 

No ano em que o curador João Laia assumiu a Direção Artística, a Galeria Municipal do Porto contou com um aumento significativo de visitantes ao espaço cultural.

 

De abril a dezembro de 2024, cerca de 70 000 pessoas passaram pelas diferentes exposições e programas da GMP, demonstrando, desta forma, a consolidação de uma aposta crescente na afirmação do espaço municipal, através de um conjunto de iniciativas que ajudaram a aproximar, ainda mais, a cidade do programa delineado para o ano passado.

 

 

O edifício situado nos Jardins do Palácio de Cristal apresenta exposições, visitas guiadas, concertos e performances, conferências, conversas, percursos e workshops, todos com entrada gratuita. Dentro do novo ciclo de programação, foram apresentadas seis novas exposições.

 

Em junho, a exposição coletiva "formas dos futuros ao redor", uma extensão do projeto homónimo apresentado na 12ª edição da Bienal Internacional de Arte de Gotemburgo (2023), e o projeto "Nave Geo-Celestial", de Joana da Conceição, ocuparam os dois pisos da Galeria.

 

Já no final de outubro, inauguraram simultaneamente quatro exposições: "Superfície Desordem", de Jonathan Uliel Saldanha, "Febre da Selva Elétrica", de Vivian Caccuri, e "Assim no céu como na terra", de Rita Caldo — estas últimas, ainda patentes. "Assim no céu como na terra" assinalou, de resto, a abertura de um novo espaço no piso -1, dedicado à apresentação de artistas em estreia no contexto institucional.

 

A par com as inaugurações de outubro, foi ainda apresentada uma pequena mostra, "Já não se vê sinal do que ficou no chão", composta por fotografias de arquivo, de Guilherme Dantas, e que documenta o processo de construção da Galeria Municipal do Porto e da Biblioteca Almeida Garrett, que pode ser conhecida na entrada do edifício.

 

 

Em 2024, foram também apresentadas duas novas iniciativas, dedicadas à música e à arte em movimento. Abril Febril, no dia 25 de abril, celebrou os 50 anos da Revolução dos Cravos trazendo aos Jardins do Palácio centenas de pessoas para ouvirem uma eclética seleção de projetos musicais.

 

E, em setembro, foi apresentada a primeira edição de Fogo Fátuo, que juntou, em diferentes locais da Galeria Municipal do Porto e da sua envolvente, artistas e coletivos de diferentes geografias, atraindo um público diversificado e aberto a novas propostas.

 

Novembro ficou marcado pelo ano zero de uma iniciativa que pretende dar visibilidade às pessoas e aos projetos que formam o tecido artístico da cidade: Circuitos ’24. No total foram cerca de 50 espaços de criação, mostra e pensamento sobre arte, que participaram num roteiro de visitas ao longo de três dias.

 

 

Também o projeto educativo da GMP – o ping! – apresentou um programa variado de conversas, workshops e percursos interpretativos ao longo do ano.

 

Em 2025, a Galeria Municipal traça como objetivos o alcance de mais visibilidade para as artes visuais e uma contínua aproximação a novos públicos. 

 

No final de março, serão apresentadas três novas exposições individuais — dos artistas Francisco Pedro Oliveira, Mónica de Miranda e Pauline Curnier Jardin —, e ao longo do primeiro semestre haverá novas edições de Abril Febril e Fogo Fátuo, uma instalação ao ar-livre comissariada ao artista Andreas Angelidakis, estando ainda previsto o fim de semana Circuitos'25 em setembro.

 

Paralelamente, as visitas a ateliers de artistas por parte de curadores e diretores de instituições de diferentes partes do mundo irão permanecer como uma das apostas da direção de João Laia, no sentido de aumentar a presença de artistas portugueses no contexto internacional.

 

 

Destaque ainda para um novo projeto expositivo, a inaugurar durante o verão, “Panorama da Arte Contemporânea em Portugal”, que pretende apresentar uma visão das artes visuais em Portugal, a partir de uma lista de artistas selecionada por Hiuwai Chu — curadora chefe do MACBA em Barcelona — e Raphael Fonseca — curador do Museu de Denver, Diretor Artístico da Bienal do Mercosul em Porto Alegre e um dos curadores da Counterpublic, exposição trienal cívica que integra a arte contemporânea na vida de St. Louis.  

 

Todo o programa da GMP pode ser acompanhado a partir das redes sociais (facebook e instagram) e ainda pelo website, em www.galeriamunicipaldorporto.pt.

 

Fotografias: Dinis Santos e Renato Cruz Santos

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