O início de 2022 na galeria é marcado por uma nova direção artística, assumida pela escritora e curadora.

Reaberto como espaço de atividade cultural permanente em 2014, sob a coordenação de Paulo Cunha e Silva, o projeto da Galeria Municipal do Porto (GMP) foi reestruturado em 2017 com a direção artística de Guilherme Blanc (que, entretanto, assumiu as mesmas funções no Batalha Centro de Cinema) e vem apresentando um programa anual regular de exposições e eventos dedicados à arte contemporânea. O cargo passa agora para Filipa Ramos, que assumirá a direção artística do Departamento de Arte Contemporânea da Ágora – Cultura e Desporto do Porto, E.M., responsável pela gestão da GMP e da plataforma de apoio à prática artística Pláka, a Fonoteca Municipal do Porto, além da coordenação de outros projetos de âmbito cultural e artístico do município.

Com uma forte presença na cena artística nacional e internacional, Filipa Ramos apresenta um vasto currículo profissional: foi cofundadora e co-curadora do Vdrome, programadora de cinema da Art Basel Film, editora-chefe da art-agenda da e-flux e recentemente integrou a equipa curatorial da 13.ª Bienal de Xangai e do festival The Shape of a Circle in the Mind of a Fish, das Serpentines Galleries, em Londres. A sua pesquisa sobre arte, filme e natureza está materializada em diversos projetos publicados por editoras como a Sternberg Press ou a MIT Press, entre outras.

Filipa Ramos apresentou na GMP em 2021 a exposição coletiva “Pés de Barro”, em parceria com a curadora Chus Martínez, e foi também co-curadora das duas últimas edições do Fórum do Futuro.