30/04/2021

Entre 1 e 16 de maio, o FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica – leva a diferentes palcos 24 espetáculos (14 presenciais e 10 online), entre eles sete em estreia absoluta e outros sete em estreia nacional. A ideia que os une a todos é a da sustentabilidade, não só ambiental mas também política, individual, afetiva, sexual e mental.


A maior novidade na edição de 2021 é o lançamento, em parceria com a empresa municipal Ágora, da plataforma FITEI Digital, pioneira entre os canais de streaming dedicados ao teatro em Portugal. Além dos espetáculos que integram a programação online do festival, este espaço vai disponibilizar conteúdos complementares.


O palco virtual inaugura com "Estado Vegetal" (de 1 a 3 de maio), uma “reflexão sobre as formas de habitar o planeta e a relação com as entidades vegetais”, da dramaturga chilena Manuela Infante. A vertente política chega com "Amarillo” (de 4 a 6 de maio), da companhia mexicana Línea de Sombra, uma abordagem às fronteiras físicas e mentais que separam o México dos Estados Unidos.


Ainda online, é possível assistir entre 8 e 10 de maio ao trabalho do argentino Sergio Boris, que construiu “Artaud” a partir das cartas do escritor francês Antonin Artaud ao seu psiquiatra, e também a “O Dia da matança na história de Hamlet”, de Bernard-Marie Koltés, encenado por António Júlio para o Teatro Experimental do Porto.


Quantos às peças presenciais, o festival vai levar o teatro de expressão ibérica a palcos de Porto, Matosinhos, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia e Viseu. As propostas de autores portugueses passarão por várias salas portuenses: Rivoli, Teatro Campo Alegre, Teatro Nacional São João, Mosteiro São Bento da Vitória, Teatro Carlos Alberto, Bonjóia, Mala Voadora, Teatro Helena Sá e Costa, CACE Cultural, Escola Superior Artística do Porto e Armazém 22.


Entre as estreias, três destaques: “inFausto” (de 1 a 3 de maio), peça de Jorge de Andrade produzida pela Mala Voadora; “Maiakovski - Regresso do Futuro” (de 8 a 10 de maio), de Igor Gandra, coproduzido pelo Teatro do Ferro e o Teatro de Marionetas do Porto, e “Mappa Mundi” (12 e 13 de maio), de Eduardo Breda e Joana de Verona, com contributo de “pessoas em trânsito num mundo cada vez mais incompreensível”.


Para lá dos espetáculos, o FITEI dá espaço à aprendizagem e à criação dos atores em formação, com duas secções. "O FITEI e as escolas do Porto" conta com espetáculos de alunos do Balleteatro, da ESAP e da ESMAE. E "Isto não é uma escola FITEI" apresenta workshops presenciais e masterclasses online.


Outra rúbrica do festival, a "FITEI Aberto", propõe lançamentos de livros, conversas (presenciais e virtuais) e ainda concertos, tudo de forma gratuita. A organização destaca o workshop/performance de expressão vocal e sonora da brasileira Marcela Lucatelli, em parceria com a Matéria Prima, a 15 de maio, ou o lançamento do álbum dos Favela, em colaboração com a Circolando e o Criatório.


A programação completa e outros detalhes podem ser consultados na página do festival.

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