29/11/2024

É o primeiro grande nome do cartaz do Natal no Porto. O músico sobe ao palco neste sábado, a partir das 18h30, para um encontro com o seu público “favorito”. Promete um conjunto de temas mais ou menos conhecidos, alguns convidados surpresa e hora e meia de canções que, a plenos pulmões, prometem ecoar pela Avenida dos Aliados.

 

Este concerto tem gerado muita expetativa na cidade, num momento muito importante nesta época. Para ti tocar no Porto não é uma novidade…

 

Fernando Daniel (FD) - Uma boa parte do meu público reside no Porto. É uma cidade de que gosto muito, com que tenho grande afetividade. Tudo o que poder fazer no Porto tem sempre prioridade, é uma cidade com outro sangue e fervura.

 

O que sentes de diferente no público do Norte?

 

FD - É mais caloroso, mais afetuoso, é um público sem filtros, o que é bom, porque é um público que exibe na hora tudo o que pensa e sente. São naturais, não se impedem de dizer o que quer que seja. Saltam, gritam, é mais espontâneo. E eu acho isso muito bonito. Cantam muito mais alto, são mais “sem vergonha”, no bom sentido. “Se é para divertir, vou divertir-me”. E isso depois contagia o restante público, quando damos conta temos pessoas a vibrar como se estivessem em cima do palco e isso é único.

 

 

Surpreende-te esta reação do público?

 

FD - Não, sempre que possível opto por ficar no Norte. Gosto muito mais de estar aqui, é mais descontraído do que, por exemplo, em Lisboa. Sempre me assumi como uma pessoa do Norte e isso também tem um impacto positivo, sentem-me um pouco como deles e isso também passa para as pessoas: é um de nós.

 

Quando a data foi anunciada na minha página, eu tive logo de imediato inúmeras partilhas, comentários, pessoas a perguntarem se era grátis e se era nos Aliados. E há ainda a ligação deste concerto ao momento de inauguração das luzes de Natal. Tenho o meu nome associado ao Porto, aos Aliados e é algo muito familiar. Acredito que vamos ter a presença de muitas famílias nos Aliados.

 

 

Em termos de entrega é totalmente igual, quer seja num Coliseu ou nos Aliados?

 

FD - Costumo dizer que, quer esteja eu a cantar num bar – como já estive durante muito tempo - ou no Altice Arena, a entrega é sempre igual. É assim que de destacam os bons profissionais. A dedicação tem de ser a mesma, temos que ser profissionais, quer estejam 50 mil pessoas à nossa frente ou apenas cinco. O que nos move é o gosto pela música e isso depois reflete-se, obviamente, nas pessoas.

 

Em termos de alinhamento, tentas conciliar os temas mais conhecidos do público com os menos conhecidos?

 

FD - Sim, os singles estão presentes, depois há uma ou outra música que acho que resulta em concerto. Estamos a falar de cerca de 15 músicas em uma hora e meia de espetáculo. Em termos de convidados, não tenho nomes de peso, porque esta é uma altura em que muitos artistas optam por fazer uma pausa, mas vou levar um trio de ex-concorrentes do The Voice, que não passaram a fase das batalhas. Também é uma oportunidade para viverem o palco, num concerto que decorre num espaço mítico e cheio de história como são os Aliados. Mas ainda podem surgir outros convidados.

 

Entrevista: José Reis

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