O programa municipal contará com apresentações públicas em diversos territórios da cidade do Porto, resultantes de processos de criação partilhada com diferentes grupos e coletividades.
A sede do Teatro Universitário do Porto, na Rua dos Bragas, acolhe, entre os dias 3 e 6 de julho, e entre 9 e 12 de julho, às 21h30, o espetáculo “Contacto de emergência”, projeto desenvolvido pelo TUP com o coletivo silentparty e estudantes da cidade.
A criação, construída a partir de experiências sobre género, habitação e desigualdades sociais, assenta numa metodologia colaborativa e interdisciplinar que envolve jovens artistas e a comunidade universitária. Os espetáculos requerem inscrição prévia através do e-mail culturaemexpansao@agoraporto.pt.
Em Aldoar, o projeto “IRM_A: Identidades Romani Mulheres de Aldoar”, sob coordenação de Maria Gil, promove, no dia 5 de julho, às 18h00, na Associação de Moradores do Bairro de Aldoar, a sessão “O Som que Viaja”.
O encontro aberto centra-se na diversidade e evolução da música cigana e conta com a participação de mulheres ciganas da comunidade local, num formato que cruza concerto e conversa.
A programação de julho inclui também o projeto “Terracota que à Terra Volta”, d’A Soalheira, com várias atividades entre os dias 17 e 19 de julho.
Desenvolvido com moradores da zona e com utentes da associação Asas de Ramalde – polo de Campanhã, o projeto valoriza práticas artesanais e o diálogo com o território. As ações decorrem na sede da associação, na Noeda, e incluem a construção de um forno de papel, a cozedura de cerâmica, a inauguração de uma exposição e um percurso ao território envolvente.
A criação para a primeira infância assinala-se com a apresentação d’“O Meu Primeiro Paninho”, projeto do coletivo Bebé em Cena.
A 19 de julho, O Lugar – Teatro da Palmilha Dentada recebe duas sessões do espetáculo dirigido a bebés e seus cuidadores, numa abordagem sensorial e participativa centrada na relação com os tecidos e a memória afetiva.
No Bairro Dr. Nuno Pinheiro Torres, o projeto “Mulheres em Cena” regressa no dia 26 de julho, às 15h30, com “Partilhas”, um momento performativo e de diálogo com as participantes.
Com dramaturgia de Alice Guerreiro, seis atrizes utilizadoras da Sala de Consumo Assistido do Porto e vizinhas da zona, este projeto propõe uma reflexão em torno de temas como a maternidade, as relações familiares e o trabalho.
No mesmo dia, às 21h30, a Associação Nun’Álvares de Campanhã recebe “Uma Rua de Cada Vez”, um espetáculo de teatro com texto de Mariana Correia Pinto e encenação de António Durães e Luísa Pinto.
A partir de uma história real, a peça constrói-se em torno do direito à habitação, da transformação urbana, da empatia e do envelhecimento, cruzando duas gerações e convicções em cena.
A programação de julho encerra no dia 31 com o encontro “Encruzilhada CEP: Corpografias Escreviventes Pretuguesas”, com direção de Rafael Campos na UPTEC – Baixa.
O projeto reúne artistas e participantes que investigam a presença da negritude no espaço público, propondo outras formas de inscrição da identidade negra na cidade através de oficinas, percursos, formações e práticas artísticas.
Todas as ações do Cultura em Expansão são de acesso gratuito. Mais informação em www.culturaemexpansao.pt.