A Fonoteca Municipal do Porto volta a organizar mais uma sessão de Escuta Ativa com entrada gratuita. Depois de Rui Moreira e Anabela Mota Ribeiro, cabe agora à realizadora Cláudia Varejão a escolha de um disco da vasta coleção do espaço, que servirá de mote para esta sessão de escuta conjunta aberta ao público.

E, no próximo sábado, 17 de setembro, a partir das 11h00, a escolha recai em “Lança Perfume”, o oitavo álbum de estúdio e um dos mais conhecidos da cantora e compositora Rita Lee. Será este o ponto de partida para um fim de manhã de partilha de histórias e experiências musicais.

Recentemente galardoada com o prémio máximo da secção Giornate Degli Autori do 79º Festival de Veneza, com o filme “Lobo e Cão”, Cláudia Varejão estreou-se nas longas-metragens em 2016 com “Ama-San”, seguindo-se “No Escuro Do Cinema Descalço”, “Os Sapatos” e “Amor Fati”.

Os seus filmes têm sido selecionados e premiados pelos mais prestigiados festivais de cinema, passando por Locarno, Roterdão, Visions du Reel, Cinema du Reel, Karlovy Vary, Art of the Real - Lincoln Center, Bienal de Veneza, entre muitos outros.

A par do seu trabalho como realizadora desenvolve um percurso como fotógrafa e tem sido convidada a dar aulas e workshops em diversas escolas de Cinema e Arte. O seu trabalho, tanto no cinema como na fotografia, documentário ou ficção, vive da estreita proximidade com os seus retratados.

Lançado em julho deste ano, o programa Escuta Ativa pretende proporcionar uma experiência coletiva de partilha e descoberta musical através do gosto e dos interesses de figuras importantes da nossa sociedade, dando também a conhecer o seu vasto acervo de discos.

Até ao final do ano, a lista de convidados incluirá Cristina Grande e Pedro Rocha, responsáveis pela programação de Artes Performativas de Serralves-Museu de Arte Contemporânea, e D. Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa e presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Multimédia.

Será ainda realizada uma sessão especial integrada no mês de outubro, que será dedicado à editora Orfeu, de Arnaldo Trindade, no âmbito do projeto "Orfeu (1956-1983): Políticas e Estáticas da popular music no Portugal moderno", em curso no Instituto de Etnomusicologia (UNL-FCSH) e na ESAD-Idea.