Após 16 anos de portas fechadas, os bilhetes voltaram a ser rasgados à entrada da Sala 2 do Cinema Trindade, no dia 5 de fevereiro de 2017. Oito anos depois, a sala de cinema assinala mais um aniversário, com uma programação especial.
Uma conversa, no sábado, entre os realizadores Pedro Costa, Victor Erice e Aki Kaurismaki é um dos pontos altos da celebração deste cinema independente. Em comunicado, o Cinema Trindade explica que "este aniversário convida o público a uma jornada especial pelo passado, presente e futuro do cinema, ancorado em autores e temas específicos".
Até ao dia 16, haverá cinema português para recordar, como por exemplo "No quarto da Vanda", de Pedro Costa, "Sob a chama da candeia", de André Gil Mata, "Cartas telepáticas", de Edgar Pêra, e "A comédia de Deus", de João César Monteiro.
"Afinidades Eletivas" com três dos maiores cineastas vivos
Um dos momentos deste aniversário está marcado para sábado, às 16 horas, com uma conversa com "três dos maiores cineastas vivos": o português Pedro Costa, o finlandês Akis Kaurismaki e o espanhol Victor Erice. A sessão intitula-se "Afinidades Eletivas", é de entrada gratuita e será seguida da exibição de "Centro Histórico", filme que reúne quatro curtas-metragens feitas por Kaurismaki, Pedro Costa, Victor Erice e Manoel de Oliveira, produzidas pela Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura. Destaque ainda para a estreia de "The Shrouds", o mais recente filme do realizador canadiano David Cronenberg.
Recorde-se que esta sala de cinema é um dos equipamentos abrangidos pelo Tripass, cartão promovido pela Câmara do Porto, que dá acesso privilegiado ao circuito de cinema no centro da cidade, com descontos e outros benefícios. O cartão oferece um desconto de 25% sobre o valor do bilhete normal.
O Cinema Trindade, um dos poucos cinemas no Porto que existe fora de centros comerciais, já teve várias vidas, desde que foi inaugurado em 1913, então com o nome Salão Jardim da Trindade. A reabertura, a 5 de fevereiro de 2017, aconteceu com o filme “Ornamento e Crime”, de Rodrigo Areias. Um ano depois tinha chamado cerca de 50 mil espectadores e a história continua...
Texto: Porto.
Foto: Guilherme Costa Oliveira