O Batalha é parceiro de três projetos que integram a 60ª Exposição Internacional de Arte — La Biennale di Venezia, um dos mais importantes a nível internacional no domínio das artes visuais. Os projetos-satélite de GREENHOUSE e Bestiari e o filme de artista Melted into the Sun serão apresentados no Centro de Cinema ao longo dos próximos meses.

GREENHOUSE é o projeto coletivo de Mónica de Miranda, Sónia Vaz Borges e Vânia Gala que representa Portugal na Bienal de Veneza. Este propõe ações coletivas através da pedagogia, som e movimento que refletem sobre a relação entre natureza, ecologia e política.

A 16 de junho, o Batalha acolherá o programa satélite, intitulado “Quintais”, constituído por palestras sobre o papel do som nas lutas de libertação em Cabo Verde, Guiné-Bissau e em Angola.

Neste contexto, o escritor Ondjaki estará no Porto para falar acerca da música, da poesia e da rádio como tecnologias não apenas de resistência, mas de libertação — numa palestra de entrada livre moderada pela historiadora e investigadora americana Marissa Moorman.

Realizado pela artista Saodat Ismailova e coproduzido pelo Batalha, “Melted into the Sun” (2024), integra a exposição coletiva Nebula, da fundação In Between Art and Film.

O filme é uma viagem visual e poética ao eco cultural e político que foi gerado, através dos séculos e em diferentes lugares, pelas ideias revolucionárias do profeta Al-Muqanna, uma figura histórica ambígua que viveu em Ásia Central no século VIII.

Por sua vez, “Bestiari” é uma instalação hipnagógica criada por Carlos Casas com curadoria de Filipa Ramos. A obra apresenta registos visuais e de áudio capturados nos parques naturais da Catalunha.

Os aspetos físicos e interespécies do som e da visão são revelados através de tons e comprimentos de onda que raramente são ouvidos e vistos, desde infrassons a ultrassons, até à representação dos espectros de cores da visão animal.

A Bienal de Veneza realiza-se entre 20 de abril e 24 de novembro com o tema “Foreigners Everywhere/ Estrangeiros em Todos os Lugares” e curadoria de Adriano Pedrosa.