De 16 de novembro a 19 de dezembro, o Batalha Centro de Cinema apresenta uma retrospetiva da obra de Dominga Sotomayor, uma das vozes mais singulares do cinema contemporâneo sul-americano. O ciclo, que contará com a presença da realizadora, inclui a exibição das suas longas e curtas-metragens e uma masterclass.
Nascida em Santiago do Chile, Dominga Sotomayor estreou-se na realização em 2007 e, desde então, tem desenvolvido uma linguagem cinematográfica subtil e sensorial, marcada por narrativas íntimas e personagens em transição.
A sua primeira longa-metragem, “De jueves a domingo” (2012), um retrato íntimo da fragilidade das relações humanas, sobretudo quando vistas pelos olhos atentos de uma criança, foi desenvolvida como parte da Résidence, programa de apoio do Festival de Cannes, e teve a sua estreia no Festival de Roterdão.

Com “Tarde para morir joven” (2018), fez história ao tornar-se a primeira mulher a vencer o Leopardo de Melhor Realização no Festival de Locarno. A obra, situada no Chile pós-ditadura, é um retrato lírico da adolescência e da promessa de liberdade num país em reconstrução. É este o filme que abre a retrospetiva apresentada no Batalha — e que contará com a introdução da realizadora, que estará presente na sessão, a 16 de novembro.
No dia 18 de novembro, Dominga Sotomayor partilhará detalhes sobre a sua prática fílmica, numa masterclass que abordará os temas centrais das suas obras: a memória, o crescimento e a família.
O evento — gratuito mediante inscrição prévia via batalha.bilheteira@agoraporto.pt — antecede uma sessão de curtas-metragens que contará com uma conversa com a cineasta.

A retrospetiva encerra a 19 de dezembro com uma carta branca à realizadora. Para integrar este ciclo, Dominga Sotomayor escolheu “A Swedish Love Story” (1969), de Roy Andersson — um dos seus filmes preferidos e inspiração para “Tarde para morir joven”.