18/12/2025

O programa completo do Batalha Centro de Cinema para os meses de janeiro a março já está disponível. A temporada, que se prolonga até julho, reserva ainda várias novidades.

 

De 22 de janeiro a 10 de abril, o Batalha Centro de Cinema apresenta o novo ciclo “Rir para não Chorar: Mulheres e Humor no Cinema”. Com curadoria de Martha Kirszenbaum, Lídia Queirós e Joana de Sousa, o programa explora obras fílmicas de mulheres que recorreram ao humor para desafiar expectativas, transformando adversidades em impulso criativo e escolhendo rir (e fazer rir) como forma de expressão. A seleção inclui filmes de cineastas como Ana Carolina, Chantal Akerman, Cindy Sherman, Delphine Seyrig, Lucrecia Martel, Martine Syms, Salomé Lamas, Věra Chytilová, entre outras.

 

 

Em ano de Mundial de Futebol, o Batalha propõe, entre abril e junho, um ciclo sobre “Desporto no Cinema”. O programa, com curadoria de André Gil Mata, Cláudia Varejão, Guilherme Blanc e Nuno Crespo, reúne obras que pensam o desporto não só como prática física, mas também como forma de expressão cultural e de inovação fílmica.

 

No dia 25 de fevereiro tem início a retrospetiva dedicada a Kamal Aljafari, realizador palestiniano, cuja obra se debruça sobre a reconstituição da memória pessoal e coletiva, nomeadamente da Palestina. O cineasta estará no Batalha para uma masterclass e a apresentação do seu novo filme, “With Hasan in Gaza”.

 

A 21 e 22 de março acontece a primeira edição da “Livros em Movimento — Feira de Edições de Cinema e Arte”, que vai reunir no Batalha editoras, livrarias e várias instituições dedicadas ao cinema e à imagem em movimento. Neste contexto, será lançado o primeiro livro dedicado a Matías Piñeiro, copublicado pelo Centro de Cinema e pela Fireflies Press, e serão apresentadas algumas das obras e uma masterclass do cineasta argentino.

 

Em abril, é destacada a filmografia de Paul Thomas Anderson através de uma retrospetiva que se estende até maio com todas as longas-metragens e uma seleção das curtas-metragens do cineasta norte-americano, aclamado por obras como “One Battle After Another”, “Licorice Pizza”, “Phantom Thread”, “There Will Be Blood”, “Magnolia” ou “Boogie Nights”.

 

 

Segue-se, em junho, a retrospetiva “O Verão de Marilyn”, dedicada ao centenário do nascimento de Marilyn Monroe com clássicos como “Some Like It Hot”, “The Seven Year Itch”, “Gentlemen Prefer Blondes” e “How to Marry a Millionaire”.

 

 

No dia 17 de janeiro, é apresentado um foco dedicado a Zineb Sedira, em parceria com o Centro de Arte Moderna Gulbenkian. Com uma obra centrada em temas como identidade, memória e deslocamento, a artista de ascendência argelina representou a França na Bienal de Veneza em 2022. No Batalha, Sedira apresenta o seu filme “Dreams Have No Titles” e obras como “La battaglia di Algeri”, de Gillo Pontecorvo, entre outras.

 

De 7 para 8 de fevereiro, o Batalha volta a desafiar a cinefilia do seu público com a Maratona de Um Dia (ou nem isso). Desta vez, o ponto de partida são filmes que se desenrolam ao longo de um dia. Este desafio de mais de 16 horas — com obras de Alice Eça Guimarães, Chantal Akerman, Hitchcock, Lizzie Borden, Ousmane Sembène, Pasolini, Scorsese, entre outros — promete prémios para quem resistir até à manhã de domingo.

 

 

Nos programas regulares, destaque para “Luas Novas”, com uma sessão dedicada a Daniel Soares, a 1 de fevereiro. O ciclo “X-Novo” apresenta estreias no Porto de filmes exibidos em grandes festivais internacionais, como “Palestine 36”, de Annemarie Jacir, e “Peter Hujar’s Day”, de Ira Sachs.

 

As Sessões Famílias incluem “The NeverEnding Story”, “A Família Dionti”, “The Parent Trap” e “The Tower”. Para o público mais jovem, realiza-se ainda a Oficina de Realização nas férias da Páscoa, orientada por Falcão Nhaga e Carolina Pinto.

 

Nos primeiros meses do ano, os festivais regressam ao Batalha: o IndieJúnior de 26 de janeiro a 2 de fevereiro, e o Fantasporto, de 27 de fevereiro a 8 de março.

 

 

No âmbito das exposições e instalações, destaque para a exposição sobre o legado de Noémia Delgado, em parceria com a Cinemateca Portuguesa, e as instalações da artista Tohé Commaret, e do filme “Shirin”, do mestre iraniano Abbas Kiarostami.

 

A temporada do Batalha termina em julho com a quarta edição do ciclo Oásis, o programa de cinema ao ar livre na Praça da Batalha que, todos os anos, transforma o espaço público num lugar de encontro em torno do cinema, cruzando filmes de diferentes épocas, geografias e públicos.

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