07/02/2023

Entre 9 e 23 de fevereiro, o Batalha Centro de Cinema apresenta uma retrospetiva integral da filmografia de André Gil Mata, que inclui a antestreia nacional de “Pátio do Carrasco” e o lançamento da primeira publicação dedicada à obra e prática fílmica do cineasta do Porto.


A antestreia nacional de “Pátio do Carrasco” abre, esta quinta-feira às 21h15, a retrospetiva “Alguma Luz na Escuridão”, numa sessão seguida de uma conversa entre André Gil Mata e a artista e programadora Rita Morais. Baseada no conto “Um Fratricídio”, de Franz Kafka, a curta-metragem teve estreia mundial em janeiro, no Festival de Roterdão.



No sábado, às 17h15, é apresentado “Cativeiro” (2012). A primeira longa-metragem de Gil Mata, premiada no Festival de Cannes, acompanha a rotina da avó na casa onde esta nasceu, viveu e acabou por morrer.

Entre o documentário e o filme-ensaio, este é um retrato narrado pelo realizador do espaço de afeto e intimidade familiares que sempre conheceu.



No mesmo dia, às 21h15, é exibido “Tri” (1965), de Aleksandar Petrović, escolhido por André Gil Mata para integrar a sua retrospetiva. Nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, este foi o primeiro filme jugoslavo lançado nos EUA, em 1966, revelando-se uma obra sombria e poética que explora o absurdo e a bestialidade da guerra.



A sessão de domingo, às 17h15, inclui as quatro primeiras curtas-metragens do realizador: “Arca D'Água” (2009), a estreia de Gil Mata na realização; “Casa” (2011), um prelúdio que viria a dar origem a “Cativeiro”; “O Coveiro (2013), obra que revela o lado mais gótico e expressionista do realizador; e “Num Globo de Neve” (2017), filmado em Sarajevo e o último filme da trilogia de obras dedicadas à avó do cineasta.



Como me Apaixonei por Eva Ras(2016) é apresentado na semana seguinte, no domingo, 19 de fevereiro, às 19h15. A longa acompanha Sena, de 70 anos, uma mulher solitária que vive na cabine de projeção de um antigo cinema em Sarajevo. Confinada aquele espaço, ocupa os dias a exibir cópias antigas do repertório jugoslavo protagonizadas por Eva Ras e outras atrizes da época.


A retrospetiva termina na quinta-feira, 23 de fevereiro, com “A Árvore” (2018) numa sessão no Cinema Trindade, às 19h00.



Estreado no Festival de Berlim, o filme reflete sobre a circularidade da vida e do mundo numa jornada de slow cinema captada em 16mm.


Depois da sessão, será lançada a monografia dedicada à obra do cineasta, editada pelo Batalha Centro de Cinema. 

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