Há muito sem entradas, o festival começa este ano o seu aquecimento no emblemático edifício na tarde de 8 de novembro.
O Hard Club recebe a 10.ª edição da Amplifest nos dias 9 e 10 do próximo mês. Para abrir o apetite dos fãs, e também para agradar os que não conseguiram bilhetes – esgotados desde junho –, a promotora Amplificasom vai apresentar na véspera várias propostas de acesso gratuito, a começar com um concerto no Bolhão às 17h00.
No mercado vai atuar Velho Homem, projeto que Afonso Dorido (de Homem em Catarse ou indignu) e Francisco Silva (de Old Jerusalem e The June Carriers) formaram a partir de uma residência artística na sala Estúdio Perpétuo, no Porto, durante a pandemia. Através de dez gravações de campo, criaram composições que “musicam agora o nosso quotidiano” e nos forçam a “abrandar” e a “ouvir ativamente os sons à nossa volta”, tal como a dupla faz nas suas incursões pelo país.
Segue-se um espetáculo da violoncelista sul-coreana Okkyung Lee em Serralves, às 19h30, e uma noite no Ferro Bar, com uma sessão de escuta do disco “The Crying Out of Things”, do duo de metal experimental The Body, às 21h15, uma atuação do coletivo de techno-noise-industrial John Cxnnor às 23h00 e um DJ set de No Joy da meia-noite em diante.
Depois, no fim de semana em que a Amplificasom atinge a maioridade, o seu festival de música “densa e pesada” vai reunir concertos de nomes como Chelsea Wolfe, Russian Circles, Ufomammut, Oranssi Pazuzu, The Body & Dis Fig, Cinder Well ou Mizmor. O programa inclui ainda conversas e uma exposição da autoria de André Coelho.
Texto: Francisco Ferreira
Fotos: Vera Marmelo