De quinta-feira a sábado, o Porto recebe 48 concertos que apelam a melómanos de diferentes gostos e idades.
Entre 6 e 8 de junho, o Parque da Cidade vai receber uma multidão que, há mais de uma década, considera o Primavera Sound Porto o mais importante festival de verão em Portugal, mesmo que se realize antes da chegada da estação. A juntar a essa comunidade fiel, são esperados também muitos milhares de estreantes, atraídos pela variedade do cartaz desta 11.ª edição.
Do alinhamento destacam-se este ano três cantoras que os Estados Unidos da América exportam para ouvidos de todo o mundo – Lana Del Rey (pop), SZA (R&B) e Mitski (indie-rock) –, mas também os Pulp, banda estandarte do britpop que já era escutada antes de qualquer uma delas ter nascido.
Como cabeças de cartaz há ainda outra britânica com três décadas de rock, PJ Harvey, o duo francês Justice, há 20 anos a agitar pistas com o seu electro-house de influência roqueira, e ainda os norte-americanos The National, com 10 álbuns de indie-rock e pós-punk às costas.
Como é hábito, o programa junta muitos outros estilos musicais, seja o pop experimental da venezuelana Arca, o afrobeat do nigeriano Obongjayar ou o hip hop de Billy Woods. E também inclui um conjunto diversificado de nomes nacionais, como o repetente Samuel Úria, a emergente Ana Lua Caiano, os Expresso Transatlântico e a sua mistura de guitarras portuguesas com as elétricas ou ainda o Conjunto Corona e a sua mistura de beats globais com rimas bairristas.
Os bilhetes diários (normais a 75 euros e VIP a 135) ou os passes gerais (175 euros) estão à venda na página oficial do Primavera Sound Porto.
A edição do ano passado do festival, com Kendrick Lamar, Rosalía, Pet Shop Boys e Blur como cabeças de cartaz, atraiu um número recorde de 140 mil visitantes, de muitas nacionalidades. Estima-se que afluência tenha gerado um impacto económico de 48,5 milhões de euros na cidade.
Texto: Francisco Ferreira
Fotos: Ágora (arquivo)