19/05/2022

Esta quinta-feira, 19 de maio, é o primeiro de quatro dias da prova portuguesa integrada no Campeonato do Mundo de Ralis, que terá um dos seus pontos altos na tarde de sábado, no Porto. 


Três, dois, um… partida. Os motores do 55.º Rally de Portugal já estão a carburar. A mítica prova de automobilismo nacional, que faz parte do calendário no Campeonato do Mundo de Ralis (WRC, na sigla em inglês), arrancou às 09h01 desta quinta-feira em Baltar, no concelho de Paredes.  


Durante a manhã, os melhores pilotos do planeta participam no shakedown, última etapa de teste para as 21 classificativas dos próximos dias. A primeira superespecial disputa-se à tarde, em Coimbra, a partir das 19h03 (não é erro, é mesmo esta a hora precisa de início). Um emocionante percurso junto ao rio Mondego e à Ponte de Santa Clara estreia-se no figurino e marca o arranque da competição, organizada pelo Automóvel Clube de Portugal.  


Na manhã de sexta-feira, o rali mantém-se na zona Centro, em densa área florestal, com o já tradicional traçado da Serra da Lousã e a rápida e longa etapa de Góis. Segue-se o vertiginoso troço de Arganil, nas encostas da Serra do Aço e, à tarde, a classificativa de Mortágua, onde o equilíbrio entre velocidade e técnica podem ditar diferenças significativas na classificação geral.  


A caravana ruma depois ao Norte, para a segunda superespecial, em Lousada, também com início às 19h03. A pista da Costilha, há muito habituada a ser palco de duelos do automobilismo mundial, voltará a colocar os pilotos lado a lado, em pistas paralelas de 3,36 km. 



Adrenalina desde o Minho até à Foz do Douro 


No sábado, 21 de maio, terceiro dia da competição, a ação começa em Vieira do Minho, com o primeiro dos troços serpenteantes da Serra da Cabreira. A etapa seguinte, em Cabeceiras de Bastos, é considerada das mais duras (também das mais bonitas) e antecede o longo percurso de Amarante, com 37,24 km. Após as passagens minhotas, chega um dos momentos altos desta edição: a Porto Super Special Stage


A classificativa-espetáculo regressa ao piso em paralelo da Foz do Douro e, desta vez, com público. O programa começa ao início da tarde. Entre as 15h55 e as 17h25 há uma prova de clássicos desportivos. Depois, um desfile comemorativo dos 50 anos do WRC, com autênticas relíquias do automobilismo. E, às 19h03, é a vez da tão aguardada terceira superespecial.


Relembramos que ainda há bilhetes para quem quiser assistir à prova portuense numa das bancadas instaladas ao longo do circuito. Podem ser comprados online, na bilheteira móvel instalada no Passeio Alegre ou ainda no Teatro Rivoli. Quem preferir, pode ver a corrida na transmissão em direto na RTP



O quarto e último dia do Rally de Portugal começa em Felgueiras, num carrossel de estradas pelo Monte de Santa Quitéria. Segue-se o curto, mas intenso, percurso de Montim – onde há quase 30 anos o espanhol Carlos Sainz capotou o seu Lancia –, antes da chegada a Fafe. Aí, os pilotos serão postos à prova no Confurco, no asfalto e no icónico Salto da Pedra Sentada, antes da etapa que encerra o rali, a Power Stage



Duelo entre os dois maiores campeões no início de uma nova era  


Como foi referido, o WRC celebra este ano meio século de vida, o que traz maior simbolismo a esta edição do campeonato mundial. Soma-se, como aliciante, a estreia de 12 modelos Rally 1, nova geração de carros híbridos que terá o seu primeiro teste nas estradas lusas.  


O outro grande destaque do Rally de Portugal 2022 é a presença dos pilotos franceses Sébastien Loeb e Sébastien Ogier, os dois maiores campeões da história do WRC, vencedores de praticamente todas as edições dos últimos 18 anos. Loeb conquistou nove títulos e Ogier oito, sendo a sua hegemonia quebrada apenas em 2019, com a vitória de Ott Tänak. 



Se ganhar este ano, Ogier torna-se no piloto mais vitorioso de sempre em Portugal, com seis conquistas, ultrapassando o lendário Markku Alen, que também tem cinco. 


Entre os pilotos favoritos a competir até domingo, destacam-se ainda o finlandês Kalle Rovanperä (atual líder do campeonato), o galês Elfyn Evans (vencedor da prova portuguesa em 2021) e o japonês Takamoto Katsuta, da Toyota Gazoo Racing (que lidera o Mundial de Construtores). 


Fotos: Rally de Portugal

Texto: Francisco Ferreira

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