22/09/2022

O Festival Internacional de Marionetas do Porto regressa para a 33.ª edição, que conclui um tríptico dedicado às ciências e à política vistas através das marionetas e formas animadas. O evento ocupa várias salas do Porto e Matosinhos entre os dias 7 e 16 de outubro deste ano.


No ano de 2022, o FIMP está duplamente de parabéns: pela programação que apresenta (já lá vamos!) e pelo aniversário redondo que completa. São 33 edições dedicadas às formas animadas e às marionetas a ocuparem vários locais da cidade (e arredores), permitindo que a região seja, hoje, um ponto de paragem para os amantes e apreciadores desta disciplina artística.


A nova edição do Festival Internacional de Marionetas do Porto decorre de 7 a 16 de outubro e centra a sua atenção no fecho de um ciclo temático em três episódios, que marcou os dois últimos anos, dedicados às ciências e à política como explicação (ou questionamento) sobre o mistério da vida.



É a partir de uma ideia de “objeto inanimado passível de ser animado e se tornar vivo” que o programa desta edição pode ser vivido. Os artistas em cartaz chegam de vários países, como a Eslovénia, Coreia do Sul, Bélgica, Chile e Portugal, com “propostas muito diferentes, muito pertinentes, carregadas de poesia e de inquietação”, aponta a direção do festival, em jeito de apresentação desta edição.


Do rol de propostas apresentadas ao longo de duas semanas, o primeiro destaque vai para a abertura com o espetáculo “Still Life_Nove Tentativas para Preservar a Vida”, de Tin Grabnar e a Ljubljana Puppet Theater. Esta peça marca a estreia nacional do Teatro de Marionetas da cidade eslovena, num espetáculo que aborda a questão ambígua do fenómeno da vida. Tem apresentações a 7 e 8 de outubro, no Grande Auditório do Teatro Rivoli.



Na viagem planetária pelo mundo das marionetas, o Porto acolhe ainda o regresso do espanhol Xavier Bobés e o trabalho “Corpus”, um encontro entre uma peça escultórica, um manipulador e um músico (8 e 9 de outubro, Teatro Campo Alegre); a estreia nacional de “T”, do espanhol Jordi Galí, que abarca a relação entre o corpo e objetos como vigas, escadas e pneus (8 e 9 de outubro, Teatro Campo Alegre); e “Cuckoo”, espetáculo com assinatura do coreano Jaha Koo, em parceria com a companhia belga Campo, onde uma conversa aparentemente inusitada com várias panelas de arroz nos levam numa jornada por 20 anos da história do seu país natal (Rivoli, a 13 e 14 de outubro).


 

Apresentações nacionais


O Teatro Carlos Alberto irá acolher o encontro de duas históricas companhias da cidade: o Teatro de Ferro e o Teatro de Marionetas do Porto. Juntas, apresentam “Maiakovski – o Regresso do Futuro”, uma máquina do tempo ocupada por atores e marionetas, que leva o espectador ao complexo mundo de Vladimir Maiakovski (a 12 de outubro).



Já o Coliseu é o palco (ou arena) de “A Última Batalha”, a companhia portuguesa Leirena Teatro convoca-nos para uma visão alternativa à Batalha de Aljubarrota, um dos marcos decisivos da história de Portugal e do imaginário coletivo nacional (com apresentação a 11 outubro).


O festival decorre em locais parceiros desta edição, como o Teatro Municipal do Porto (Rivoli e Campo Alegre), o Teatro Nacional São João, o Coliseu Porto Ageas, o Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery, o Teatro de Belomonte e o Teatro de Ferro.  



Nota ainda para as novas (e importantes) parcerias internacionais postas em marcha, nomeadamente com o FIT – Festival Iberoamericano de Teatro de Cádiz e o Festival de Otoño de la Comunidade de Madrid, ambos de Espanha, para a apresentação do espetáculo de encerramento, “Como Convertirse en Piedra”, da chilena Manuela Infante (a 15 de outubro, no Teatro Carlos Alberto).


Toda a programação desta edição está já disponível em http://2022.fimp.pt e os bilhetes para as apresentações já podem ser adquiridos.

 

Texto: José Reis

Fotos: FIMP 22

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