A XXI Exposição de Camélias do Porto estabeleceu um novo recorde de visitantes este ano, com mais de 15 mil pessoas a passarem pela Casa de Serralves durante o último fim de semana. O número auferido pela Fundação de Serralves é praticamente o dobro do registado na edição do ano passado, que teve por palco o Mosteiro de São Bento da Vitória.
Sob o tema "O Porto aberto ao mundo. Desafios do século XXI na Exposição XXI", o certame organizado pela Câmara do Porto e Associação Portuguesa das Camélias reuniu mais de meio milhar de exemplares de japónicas, das mais diversas formas, cores e tamanhos, que puderam ser apreciadas pelo público ao longo da tarde de sábado e em todo o dia de ontem. Só na tarde de domingo passaram pela Casa de Serralves mais de sete mil pessoas.
Inaugurada no sábado pelo presidente da autarquia, Rui Moreira, a exposição deu a conhecer logo na abertura os vencedores das quatro categorias que estiveram este ano a concurso: "Melhor Camélia de Origem Portuguesa", atribuído à Casa de Souto, em Fafe; "Melhor Camélia", para a Quinta de Villar D'Allen, no Porto; "Melhor Decoração de Mesa", para a Casa da Levada, em Vila Nova de Gaia; e "Melhor Arranjo Floral", que premiou Graça Spratley.
A XXI Exposição de Camélias do Porto incluiu, entre outras atividades, uma Mostra de Trabalhos Escolares, com a participação de mais de meia centena de instituições de ensino da cidade, o tradicional Mercado da Camélia, este ano realizado nos Jardins de Serralves, além de várias oficinas em torno da camélia, dinamizadas pelos Viveiros da Câmara Municipal do Porto e pelas Universidades do Porto e de Coimbra. Os visitantes puderam ainda assistir a um Teatro de Sombras Japonesas, criado pela artista plástica Beniko Tanaka.
No sábado à noite, a exposição foi também celebrada fora de Serralves, com um concerto do Coro e Orquestra do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, que encheu a Igreja dos Clérigos.
Terminada a exposição, que em 2017 se estreará no Palácio da Bolsa, o Porto continuará a celebrar as camélias ao longo de toda a semana, com mais de 40 iniciativas abertas ao público que se prolongarão até ao próximo dia 12 de março.
As atividades vão distribuir-se por mais de duas dezenas de espaços na cidade, tanto exteriores como interiores, entre jardins, quintas, praças, museus, teatros, igrejas, fundações, institutos, bibliotecas, universidades, palácios e outros locais mais ou menos inusitados, como o Mercado do Bom Sucesso, o Passeio dos Clérigos ou a Casa da Música. Entre as novidades deste ano estão o renovado Palácio do Bolhão e a Feitoria Inglesa.
