Projetada e executada pelo arquiteto Bernardino Basto Fabião (1912-1998), ao serviço da Câmara Municipal do Porto, é inaugurada em janeiro de 1948, em pleno Jardim da Praça Marquês do Pombal. Obra de iniciativa municipal, este edifício singular é o único edifício, na cidade do Porto concebido, exclusivamente, com o propósito de acolher uma biblioteca popular. Na cidade do Porto, será o primeiro e, simultaneamente, o último do seu género.
A Biblioteca Popular Pedro Ivo, designada informalmente “Biblioteca do Marquês”, abriu ao público a 7 de janeiro de 1948 tendo como missão subjacente, na altura da sua criação, a constituição de repositórios dos conhecimentos mais elementares para as classes mais necessitadas, por oposição às Bibliotecas Públicas, destinadas aos estudos superiores ou estudos técnicos. Esta biblioteca, desde o seu início na dependência direta da Biblioteca Pública Municipal do Porto, desde cedo obteve muita adesão por parte do público, tendo em 1990-1991 sido adaptada para dar origem à Biblioteca Infantil que esteve em funcionamento, nesse mesmo local, até ao início de 2002, ano em que encerrou portas.
Em 2021 arranca uma espécie de ano zero de reativação da Biblioteca Popular de Pedro Ivo através de um programa-piloto que integra várias áreas disciplinares para testar que tipo de diferentes usos esta biblioteca pode ter, sempre em ligação com a memória do espaço. O objetivo é experimentar um modelo pluridisciplinar em torno de conceitos como memória, arquivo, infância, leitura, corpo, troca, fronteira, migração, comunidade.
A programação é atribuída aos três departamentos da área da cultura da Ágora, E.M.: Departamento de Museus e Coleções — Museu da Cidade, Departamento de Artes Performativas — Teatro Municipal do Porto e Departamento de Cinema e Imagem em Movimento.