27/11/2020

Até 14 de fevereiro, está patente na Galeria Municipal do Porto (GMP) “Que horas são que horas: uma galeria de histórias”, exposição com curadoria de José Maia, Paula Parente Pinto e Paulo Mendes que pretende revisitar a história das galerias de arte da cidade.


Este projeto expositivo parte de um convite da GMP aos três curadores para uma reflexão sobre a paisagem histórica das galerias da cidade entre 1945 e 2010. Segundo os próprios, um olhar sobre esta cronografia, inscrita entre a aparente abertura cultural do final da Segunda Guerra Mundial e a retração do tecido cultural provocada pela recente crise económica, “permite compreender as muitas faces da civitas e as cumplicidades transformadoras entre artistas, agentes culturais e públicos que a conformam”.


O retrato retrospetivo apresentado na GMP atravessa as exposições independentes em livrarias que ensaiaram uma profissionalização alternativa da arte, recorda o confronto com novos públicos e espaços cívicos que só a revolução de 1974 permitiu, passa pela celebração das Inaugurações Simultâneas de Bombarda e culmina na rede de lugares alternativos organizada para resistir à Troika.


Na mezzanine da GMP está também patente, até 14 de fevereiro, “Nets of Hyphae”, exposição de Diana Policarpo com curadoria de Stefanie Hessler, diretora da Kunsthall Trondheim, galeria norueguesa que coproduz o projeto. Nesta mostra, a artista retoma a sua investigação sobre as redes de fungos, estabelecendo paralelismos especulativos entre o ergotismo, a supressão de conhecimentos ancestrais e a justiça na saúde.


A entrada na Galeria Municipal do Porto é livre, mas sujeita ao limite máximo de 30 pessoas. O horário e as condições de visitação estão sujeitos às normas de segurança impostas pela Direção-Geral de Saúde no período de apresentação das exposições.


Encontram mais informações na página da galeria.

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